domingo, 24 de dezembro de 2017

OCULTISMO  NO  JOGO  YU-GI-OH

   Olá a todos! Nesse post vou analisar alguns elementos de ocultismo presentes no jogo Yu-gi-oh.
   Yu-gi-oh começou como um mangá criado por Kazuki Takahashi em 1996. Alguns anos depois foi produzido o anime e em seguida o jogo estilo TCG (iniciais de "trading card game" jogo de cartas colecionáveis) que foi um grande sucesso tendo vendido mais de 22 bilhões de cartas no mundo todo! Nessa resenha não vou falar sobre a história do mangá ou anime e recomendo aos que não conhecem darem uma olhada nos episódios (pessoalmente eu acho muito legal o anime!) vou me focar no jogo em si, na dinâmica de uma partida e nos elementos de ocultismo ali presentes.
   Pra quem não conhece, jogos estilo TCG são diferentes de outros jogos onde se usa cartas como o baralho comum de 52 cartas divididas em quatro naipes mais duas cartas representando Coringa. O primeiro baralho de jogo estilo TCG foi o "Magic The Gathering" criado em 1993 por Richard Garfield. O jogo ainda é fabricado e jogado até hoje em dia. 
   Sobre a jogabilidade de Yu-gi-oh, primeiramente os jogadores devem montar seus baralhos, o mínimo de cartas a compor um baralho é 40 mas os jogadores podem incluir mais algumas embora se recomende não exceder muito esse número. As cartas são divididas em três tipos básicos: cartas de monstros, cartas de magia e cartas de armadilha. Cada jogador começa com 8000 pontos de vida, vence quem conseguir zerar os pontos de vida do adversário, para calcular isso os jogadores costumam usar calculadoras nas quais colocam o número 8000 e depois vão diminuindo conforme o jogo se desenrola. O campo onde se desenrola o jogo é assim:
   É tão simples que pode ser improvisado pelos próprios jogadores com cartolina. Nele há o local onde o baralho de cada jogador deve ficar, uma área para cartas de armadilha, uma área para as cartas tipo monstro e o "cemitério" onde vão as cartas já usadas de magia e de monstros derrotados. A diminuição nos pontos de vida ocorre quando a carta de monstro de um jogador ataca o monstro de outro com poder mais fraco e o dano é calculado e diminuído dos pontos de vida. 
   O design dos monstros das cartas se baseia em criaturas de fantasia, personagens típicos de jogos RPG como guerreiros, magos e dragões. Alguns devem se lembrar de uma certa polêmica de uns anos atrás quando no programa de tv do Gilberto Barros se acusou o jogo de ser "coisa do demônio" (foi bem vergonha alheia! ha ha ha!). Muitas cartas de monstros realmente são demônios, são seres elementais para serem evocados não vejo nada de mau nisso pois é apenas o jogo para jogar e se divertir não um "ritual cerimonial" completo. Cartas de demônios:

  
   As cartas possuem numerações mostrando a força delas. Monstros fracos podem ser colocados em campo (invocados) sem nenhuma outra exigência, mas, monstros mais fortes exigem uma ou duas cartas para serem sacrificadas para poderem ser postas em campo. O dispositivo de exigir sacrifícios para ter mais poder e vantagens aparece em vários momentos ao longo do jogo, existem até cartas de magia específicas e que exigem sacrifícios de cartas específicas, veja algumas delas:



   O conceito de que é necessário sacrificar algo para se obter alguma vantagem e que quanto mais caro, valioso e significativo for o objeto sacrificado maior é a vantagem obtida está presente no subconsciente da humanidade a milhares de anos. Rituais de sacrifício fizeram no passado parte de antigas religiões e alguns ainda fazem hoje em dia, em muitos aspectos é difícil fazer uma distinção clara entre religião e magia o que separa as duas coisas é uma fina membrana, afinal, ter que se submeter a uma "divindade superior" lhe prestar culto, fazer rituais e se abster de certas coisas para obter alguma vantagem dessa divindade é um tipo de magia: faça sacrifícios e sua alma vai para o céu ou faça sacrifícios e seus pecados serão redimidos, faça sacrifícios e a "divindade" curará sua doença ou lhe tornará mais rico. As religiões monoteístas tendem a considerar a si mesmas cada qual como a única religião verdadeira e chamam as outras de tradições pagãs, primitivas, bárbaras e superstição. Porém, o conceito de sacrifício é tão presente no subconsciente do ser humano que é simplesmente impossível ele se livrar disso. Alguns exemplos: dentro do judaísmo (considerada a base de outras religiões monoteístas como o cristianismo e o islamismo) ainda existe um ritual de sacrifício chamado kapparot em que os adeptos sacrificam uma galinha ou galo branco para expiar os pecados. Não raro os adeptos dão um passeio com os animais pelas ruas antes de abatê-los, pois, na antiguidade era costume nos rituais de sacrifício de animais passear com o animal e deixá-lo calmo antes de abatê-lo. Uma adepta judia passeando com sua vítima antes do abate:
   Um adepto judeu com sua galinha para abater e "expiar seus pecados":
   Os muçulmanos celebram até hoje um festival chamado Eid al-Adha em que sacrificam animais, mas, nesse caso a intenção é se lembrar da disposição de Abraão de sacrificar seu filho Ismael (na tradição muçulmana se considera que Deus ordenou a Abraão sacrificar seu filho Ismael para testar sua fé diferente da Bíblia que narra que Deus mandou sacrificar Isaac). O ritual muçulmano:
   Até mesmo no hinduísmo onde as vacas são consideradas sagradas e a maioria dos adeptos simplesmente não come nenhum tipo de carne existe um rital onde se sacrifica vários animais para a deusa Gandhimai para obter sorte e prosperidade. Autoridades da Índia costumam fazer vista grossa contra tal prática mas ainda é realizada no norte da Índia e no Nepal:

   Quanto a "magia" que aparece no jogo, encontramos muitos símbolos que fazem referência como cartas mostrando "livros de magia" conhecidos aqui no ocidente como "grimórios":
   E também encontramos no jogo cartas com variações de pentagramas e hexagramas, imagens de figuras geométricas envoltas em círculos com inscrições em caracteres fictícios (no filme "Dr Strange" aparecem algumas figuras assim):

   Círculos com caracteres estranhos talvez seja referência aos círculos da magia cerimonial. Um símbolo em especial aparece no jogo e embora outros no passado tenham possivelmente desenhado ele, seu uso como elemento de algum significado mágico foi feito por Aleister Crowley, é o chamado "hexagrama unicursal" é chamado assim porque tem seis pontas mas pode ser traçado de modo unicursal sem necessidade de parar o traçado:

   Esse símbolo costuma ser usado por adeptos da Thelema (grupo esotérico que existe até hoje e cujos ensinamentos são baseados nos de Aleister Crowley). Esse símbolo também aparece no seriado Sobrenatural especificamente na oitava temporada onde é o símbolo da fictícia sociedade chamada "Homens de Letras". No jogo Yu-gi-oh esse símbolo aparece no centro de um círculo e rodeado de carácteres onde é chamado de "lacre de orichalcos", a carta:
   A palavra "orichalcos" vem da palavra "oricalco" que é mencionada pelo filósofo da Grécia Antiga Platão em seu livro "Crítias" onde ele diz que oricalco era o nome de um metal usado no antigo continente de Atlântida. Já os carácteres que foram desenhados em torno dessa carta são alguns dos carácteres da "língua enoquiana" trazida pelo ocultista inglês da renascença John Dee. Como se pode perceber, os produtores do jogo se apropriaram de símbolos de origens diferentes. 
   No anime existe o chamado "domínio das trevas" é uma outra dimensão onde os monstros invocados através das cartas são reais e os danos causados aos pontos de vida são sentidos no corpo dos jogadores. Nesse caso é possível que os produtores tenham se baseado no chamado "plano astral" onde as entidades espirituais independentes ou projetadas pela mente dos ocultistas vivem e interagem. 
   Concluindo, alguns conceitos de ocultismo foram adaptados para o jogo, entretanto, nada que sirva para um verdadeiro adepto, apenas o simbolismo foi usado. 
        

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

RESENHA DE SÉRIES-1

   Olá pessoal! Nesse post vou abordar alguns elementos de ocultismo que aparecem na série "Salem".
   "Salem" é uma série norte americana que estreou na tv WGN em 2014. Foi baseada na onda de caça ás bruxas real que ocorreu na cidade de Salem estado americano de Massachussets em 1692. Muita informação "por alto", ou seja sem embasamento e distorcida circula por aí a respeito desse acontecimento real. Boa parte dos comentadores diz que aquilo nada mais foi do que uma "histeria em massa" baseada em pura supertição e puritanismo. E um dos fundamentos usados pelos que perseguiram e condenaram as supostas bruxas naquela época foi o "Malleus Maleficarum" o Martelo das Feiticeiras um tipo de manual para se identificar bruxas escrito pelos inquisidores dominicanos Henrich Kraemer e James Sprenger em 1486 (a maior parte feito por Kraemer, Sprenger participou mais como secretário e organizador do livro). Tempos atrás eu via apenas os piores comentários a respeito desse livro, que ele seria de conteúdo misógino (contra as mulheres) e puramente superticioso servindo apenas para que os agentes da inquisição na época pudessem dar vazão a suas brutalidades. Entretanto, nada como ter acesso ao conteúdo verdadeiro para poder tirar minhas próprias conclusões. Não é um livro misógino e tem fundamento. É importante esclarecer que a Inquisição surgiu na França no séc. XII principalmente para combater grupos religiosos que tinham ideias divergentes do que era considerado oficial pela Igreja Católica. Para entender bem o Malleus Maleficarum é interessante conhecer o "Manual dos Inquisidores" escrito por Nicolau Eymerich em 1376. O objetivo principal da Inquisição era identificar os "hereges" (indivíduos que pensavam ou agiam fora do que era considerado de acordo pela Igreja Católica), forçá-los a se confessarem como hereges, forçá-los a confessarem suas ações "inapropriadas", a se submeterem a Igreja e executá-los. Era mais provável que quem fosse pego fosse executado mesmo se confessasse do que liberto. Claro que houve muito exagero ao longo dos séculos, muitos inocentes foram mortos, mas também muitos que realmente causavam todo tipo de males ás pessoas através de suas práticas ocultas mereceram a execução que tiveram. 
   Sobre o caso de Salem em 1692, tudo começou quando uma escrava negra chamada Tituba contou várias histórias relacionadas a práticas do oculto tradicionais da África Ocidental para duas amigas Betty Parris e Abigail Williams. Á noite elas tiveram pesadelos e um médico foi chamado declarando que elas tinham sido "enfeitiçadas". Tituba foi levada ao tribunal, julgada pelo juiz Samuel Sewall e acusada pelo pregador Cotton Matter. A princípio ela negou, mas depois admitiu que conhecia de bruxaria acusando outras duas mulheres. Assim começou uma onda de perseguições que durou um ano inteiro na cidade. Vamos explicar o que há de fundamento nessa história toda. A wikipedia diz que a escrava Tituba contou "histórias vudu" para as amigas e que isso seria uma religião tradicional da África Ocidental. Essa não é uma explicação coerente. O chamado "vudu" (cujo estereótipo que perpetuou no subconsciente da maioria das pessoas é aquele bonequinho representando a vítima sendo espetado com alfinetes para atingi-la, técnica que é conhecida formalmente como "magia simpática") acabou sendo considerado um nome que engloba várias práticas mágico/religiosas que possuem adeptos em várias regiões como Nova Orleans nos EUA e Caribe. Em países da América Latina falantes do espanhol tais práticas costumam serem chamadas de "santeria". No Brasil aquilo que é chamado de umbanda e candoblé são consideradas tradições mágico/religiosas de origem africana também. Porém, o fato é que essas práticas tal como se apresentam hoje em dia na verdade são um pequeno fragmento de tradições africanas muito mais profundas e antigas. A maioria das pessoas tende a acreditar que as práticas de ocultismo da África são primitivas, superticiosas, e que não funcionam. A verdade é que tais práticas em sua raiz são praticamente desconhecidas aqui no Ocidente e se mantém preservadas em grupos mais ou menos fechados em todo continente africano mas notadamente na África Ocidental. No livro "Magia Oriental" de Idries Shah o autor fez uma viagem em meados dos anos 60 para essas regiões pesquisar sobre o tema e até encontrou nativos dispostos a ensiná-lo alguma coisa sobre isso, essas práticas são realmente pouco conhecidas aqui no Ocidente, talvez sejam um dos últimos "sistemas mágicos" que ainda permanecem fechados ou pelo menos restritos para o resto do mundo. Tais técnicas envolvem contato com espíritos, uso de plantas e vegetais (técnica conhecida como "magia natural" como apresentado na primeira parte dos "Três Livros de Filosofia Oculta" de Agrippa) viagens e projeções astrais como praticado pelos chamados "shamans" indígenas de praticamente todos continentes. Em algumas histórias de "Solomon Kane" escritas por Robert. E. Howard (o mesmo que criou as histórias de Conan o Bárbaro) o personagem Solomon Kane passa pela África e tem ajuda de um mago africano chamado vulgarmente de "feiticeiro vudu" e "feiticeiro ju-ju" chamado N'Longa que é capaz de projetar sua alma para outros corpos (técnica geralmente atribuída a shamans e monges do Tibet). Na versão das Mil e Uma Noites traduzida diretamente do árabe para o português por Mamede Mustafá Jarouche, especificamente na história do Aladdim, o vilão que pretende enganar Aladdim para que esse dê a lâmpada para ele é um "feiticeiro magrebino" ou seja: oriundo do Magrebe, como era chamado antigamente a região da África Ocidental. Portanto, como o leitor pode perceber há realmente uma antiga e pouco conhecida tradição mágica nessa região e essas histórias acabaram impressionando demais as mulheres que ouviram elas da Tituba por isso tiveram pesadelos.Quando levada a julgamento por bruxaria Tituba negou a princípio, depois admitiu que conhecia algo sobre o assunto e ainda acusou outras mulheres de serem praticantes. Assim esclarecendo, vamos analisar especificamente os elementos do oculto presentes no seriado. Esse é o poster da primeira temporada:
   No seriado, o pregador Coton Mather (interpretado por Seth Gabel) encarregado de perseguir as bruxas da região descobre que elas estavam querendo realizar um rito para despertar um objeto chamado Malum que desencadeariam todas as pragas e malefícios sobre a humanidade. Coton não é exatamente um exemplo de puritano, embora trabalhe como pregador e persiga as bruxas da cidade, ele tem uma queda pela bebedeira e prostitutas. Além disso está sofrendo de uma crise de existencialismo e com muito desgosto por que seu pai o ministro puritano Increase Mather que despreza tudo que o filho faz está vindo da Inglaterra para lá. Increase é um sujeito implacável em sua caça ás bruxas, conhece muito bem como elas pensam, como agem, e as técnicas delas. Foi interpretado pelo ator Stephen Lang:

   A bruxa líder do coven da cidade ("coven" é como é chamado um grupo de bruxas e bruxos tradicionais, mais ligados a tradições rurais antigas do que a "magia erudita" o conceito de coven ainda é usado até hoje pelos grupos do movimento denominado wicca) é Mary Sibley (interpretada por Janet Montgomery) foto da personagem:
   Apesar de ser a líder do coven, muitas das técnicas praticadas por Mary são feitas sob orientação de Tituba que foi interpretada por Ashley Madekwe, obviamente como se pode notar ela não é uma atriz exatamente negra, mas isso é lá com os produtores da série:
   Mary deseja saber onde foi escondido o Malum por isso faz uma viagem astral para entrar nos sonhos de John Alden capitão recém saído de uma guerra e amor do passado de Mary. Para realizar a viagem para mente de John Alden, Mary permite que Tituba use uma substância que a iduz ao transe:
              
   Enquanto isso, o navio em que Increase está viajando está parado no mar porque faz mais de dez dias que não sopra nenhum vento. Increase tem certeza que isso acontece por interferência das bruxas que querem impedí-lo de chegar a Salem, ele revista toda tripulação procurando a bruxa. No fim se dá conta que o agente das bruxas responsável por esse fenômeno que detém sua viajem é o capitão do navio e crava suas duas adagas nas mãos do capitão fixando-as na mesa e perguntando a ele onde está o "nó". O capitão que realmente era um agente das bruxas responde com imprecações em uma língua estranha, talvez de origem celta como galês, mas finalmente admite que o nó está em seu pescoço:
   Increase corta o nó que está no pescoço do capitão:

  Imediatamente após o nó ser cortado os ventos voltam a soprar, assim o navio pode continuar viagem. Depois Increase fala algo na mesma língua que o capitão falou e corta a garganta dele. A chamada "maldição do nó" é uma técnica muito antiga na qual o bruxo/bruxa "amarra" uma maldição a cada nó que faz em um cordão assoprando em cada nó e depois esconde a corda. O único jeito de desfazer aquela maldição é o nó ou nós serem desamarrados ou cortados. Uma bruxa judia escondeu uma maldição dessas com o intuito de causar males a Maomé mas ele conseguiu encontrar o cordão escondido em um poço e desfez o nó. Uma alusão a "maldição do nó" aparece no capítulo (sura) 113 do Alcorão chamada "A Alvorada" ("Al-Falaq" em árabe), veja:

"Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.
Dize: Procuro proteção junto ao Senhor da Alvorada
Contra o mal das criaturas que Ele criou
Contra o mal das trevas quando se estendem
Contra o mal das feiticeiras quando sopram sobre seus nós
Contra o mal do invejoso quando inveja."

   Quando Increase chega em Salém, vai á casa de Mary Sibley porque ela é casada com o prefeito da cidade que é amigo dele. Sob a lareira de Mary tem um quadro retratando uma espécie de "dança pagã" e Increase diz que é uma bela obra de paganismo mas não apropriada para ser exposta ao público, esse é o quadro:
   Increase deseja ver o prefeito mas Mary diz que ele está doente. Na verdade o prefeito está "enfeitiçado" e é apenas um joguete nas mãos dela. Increase deseja "limpar" a cidade e vai direto ao bordel. Lá se dirige a sala da dona do local e nota um pó estranho próximo a uma vela cheirando e dizendo que é raiz de lírio:
   Pessoalmente eu não sei quais são as propriedades da raiz de lírio em pó, mas, naturalmente isso pertence a categoria da "magia natural" que eu já mencionei anteriormente. Increase dirige sua atenção para um lugar acima da lareira, percebe que a madeira é oca e encontra um nicho:
   Esse lugar é o chamado "altar" dentro do paganismo. Alguns adeptos da wicca e do paganismo em geral costumam reservar um espaço da casa para ser um tipo de "altar" onde prestam homenagem a alguma divindade pagã, onde realizam suas práticas ocultas enfim, é como se fosse um lugar onde o adepto canaliza sua energia para suas práticas ocultas. Increase encontra no nicho um tipo de "taça" (muito usada em ritos pagãos pra vários propósitos) e um saquinho com umas pedras:
   O chamado "saquinho das bruxas" costuma conter muitas coisas como tipos de pedras, pedaços de plantas, pedaços de animais e até partes humanas como ossos, cabelos e pedaços de unhas. Também costuma ser usado para vários propósitos dentro do paganismo/wicca. Assim, Icrease tem as provas suficientes que a dona do bordel é uma bruxa e a leva presa para ser excecutada. Os outros membros do coven ficam preocupados se ela vai entregar os outros membros e contar os segredos do grupo, mas ela diz que tomará veneno pra não dizer nada. Um dos membros do coven recomenda ela a acusar outra pessoa fora do coven de ser bruxa para ser executada também. Mary envia um jovem com uma carruagem para levar o prefeito a Boston, mas, a carruagem cai e o rapaz volta a cidade para pedir ajuda. O prefeito consegue pegar uma lasca de madeira e rasgar a barriga para tirar o "demônio familiar" em forma de sapo de Mary que foi colocado nele. Um agente das bruxas oferece um "remédio" para o prefeito que deixa ele desacordado. Tituba chega para terminar o serviço mas Increase consegue levar o prefeito sob seus cuidados afirmando que ele está enfeitiçado. Increase coloca o prefeito deitado na cama de um quarto e põe o rapaz que o levava para tomar conta. Também escreve alguns símbolos ocultos em volta da cama para proteger ele do ataque de outras bruxas, nenhum símbolo muito sofisticado coisas como o "aegishjalmur" e outros simples (mas ele afirma ter feito com as cinzas de bruxas que ele mesmo queimou o que potencializa sem dúvida o efeito). O rapaz é aliciado por Mary e põe uma substância na boca do prefeito que facilita a penetração de Mary na mente dele através de viagem astral para matá-lo, mas Mary não conseguiu pois uma imagem do Icrease está lá para impedir ela de concretizar isso. Increase vê o rapaz que deveria vigiar o prefeito colocando a poção novamente na boca do prefeito e enquanto discute com ele, o espírito familiar de Tituba que tem a forma de uma tarântula desce pelo teto entra na boca do prefeito e costura a garganta dele com uma teia de ouro para ele não falar. Increase vai direto a Mary tirar satisfação sobre quem deu a poção para o rapaz e leva Tituba sob acusação de bruxaria. 
   Eu assisti apenas esses episódios da primeira temporada. Nos próximos episódios Increase é morto pelo próprio filho enquanto enfrentava Mary em sua "forma astral" e a história segue sem ele (que pena era meu personagem favorito!) por isso nem me interessei em continuar assistindo.
   Por fim, foi bem trabalhoso pesquisar e reunir material para esse post, mas, fico satisfeito de poder compartilhar isso com os leitores do blog, é uma série bacana pelo menos partes dessa primeira temporada que vi e alguns elementos de ocultismo foram explicados aqui, qualquer dúvida ou recomendação de série, filme ou outra obra com temática de ocultismo que vocês desejam que seja analisado aqui no blog basta escrever nos comentários abaixo, espero que tenham gostado e até mais!