segunda-feira, 23 de maio de 2022

LIVRO NOVO DO AUTOR

   Olá pessoal! Nesse post eu vou divulgar meu novo livro "Crie Seu Próprio Método Divinatório" o link para a versão digital do livro no site clubedeautores.com.br está à direita do blog. Capa dele:


 
   "Sucedeu que certo dia o irmão do magrebino, querendo saber como estava o irmão, pegou areia, jogou-a (geomancia-adivinhação pela areia), examinou e contemplou as figuras formadas, tornou a examinar bem, viu a imagem de uma sepultura e constatou que estava morto. Muito triste, e já certo de que o irmão morrera, tornou a jogar a areia para saber como tinha sido sua morte, e em qual lugar, constatando então que morrera na China e que fora a mais indigna das mortes; tendo também sabido que quem o matara era um rapaz chamado Ala'uddin, imediatamente se preparou e saiu em viagem, (...) 
                              Livro das Mil e Uma Noites 
 
   Esse trecho foi tirado das "Mil e Uma Noites" uma coletânea de ficção do Oriente Médio mas com alusões a técnicas ocultistas reais e acontecimentos sobrenaturais. O antagonista da história do Aladin é o "feiticeiro magrebino" (do Magrebe, como era chamado antigamente a região da África Ocidental)  um personagem que estudou o oculto por quarenta anos. Após sua morte seu irmão igualmente conhecedor quis saber seu destino. Seria possível através de uma técnica tão simples saber detalhes acontecidos distante como a morte de seu irmão, como foi, quem foi o responsável e onde? É uma alusão a perícia em geomância um dos muitos métodos divinatórios e o quão acurado seria as respostas de um praticante avançado.
 
   "Este Nectanebo era um expert na arte mágica, e, valendo-se desse poder para submeter a todos os povos pela magia, vivia em paz. Quando em alguma ocasião se lançava contra ele alguma potência estrangeira, não se apressava em equipar seu exército, e sim tomava uma vasilha e praticava a lecanomancia (adivinhação com uma vasilha de água). Enchia a vasilha com água de uma fonte e com suas próprias mãos mdelava com cera barquinhos e figurinhas humanas e os colocava nos barquinhos. Ele se vestia com túnica de profeta e conservava em sua mão um báculo de ébano. E posto de pé invocava aos supostos deuses dos encantamentos, os espíritos do ar e as divindades subterrâneas. De modo que ganhavam vida as figuras humanas e assim ele submergia os barquinhos, nesse momento também os barcos reais dos inimigos eram destruídos. Assim transcorria paz em seu reinado. (...) Levantou-se, penetrou em seu palácio e, quando estava só, utilizando de novo a mesma técnica, examinou a situação na vasilha. Ali viu que os deuses do Egito guiavam o timão dos barcos inimigos. Nectanebo, que era um homem expert em magia e acostumado a conversar com seus deuses, ficou sabendo por eles que se aproximava os últimos momentos do reino do Egito, e assim resolveu fugir. (...)
 
                                             Pseudo Calístenes
 
   Esse trecho foi tirado do chamado "Pseudo Calístenes", houveram várias versões essa foi traduzida a partir de um manuscrito em grego feito por um escriba egípcio de Alexandria de meados do séc. III da Era Cristã. Os textos "Pseudo Calístenes" foram coletãneas de histórias sobre as façanhas de Alexandre O Grande, mais focadas nos aspectos fantásticos de suas aventuras e frequentemente incoerentes cronologicamente e historicamente. Nessas histórias o verdadeiro pai de Alexandre foi Nectanebo II o último faraó nativo egípcio antes da invasão Persa tomar a realeza no Egito. As narrativas dizem que ele era profundo conhecedor de todas as artes mágicas pelas quais o Egito era famoso desde os tempos de Moisés. Através dessas artes ele garantia que os exércitos inimigos não venceriam. Mas daquela vez consultando seus métodos ele constatou que era inevitável por isso fugiu para Pela na Macedônia onde mais tarde veio a conhecer Olímpia mãe de Alexandre. Perceba que Nectanebo faz uso de várias técnicas combinadas não apenas a tentativa de adivinhação simples, ele usa um tipo de "magia simpática" também chamada de "correspondência" na qual confecciona figuras de cera representando os adversários e também interage com com as deidades arquétipas do Egito obtendo assim o máximo de precisão e eficiência em sua averiguação. A atitude do consulente é muito importante, como eu observo no meu livro.
   No meu livro eu abordei desde técnicas tradicionais como o jogo de pedrinhas inscritas com runas, métodos que foram usados no Antigo Testamento, o I-Ching o Livro das Mutações, Tarô e várias outros métodos divinatórios. Para os mais leigos pode parecer apenas jogos de criança, mas, o praticante avançado combinando a atitude correta e o método correto pode obter conselhos muito bons, e, caso tenha alguma sensibilidade mediúnica, saber exatamente o que se passa distante com total precisão (o que é para poucos, mas pode ser estimulado através de êxtases mentais). Embora possam parecer simplistas, quanto mais detalhes se aprende sobre alguns desses métodos mais se percebe o quanto podem ser úteis. Um exemplo é o I-Ching. A sorte é usada para se formar o "hexagrama" figura composta de seis linhas horizontais inteiras e quebradas, mas a interpretação dada pelo conselho de cada um desses hexagramas é muito inteligente. A ideia principal oriunda do taoísmo e incorporada ao misticismo chinês é que tudo está em constante mudança, então o I-Ching oferece conselhos para melhor agir nessa mudança. Um exemplo esse hexagrama:
 
   É chamado de "Po" e tem o significado de "desmoronando" e sua imagem remete a uma casa dividida e com um fino telhado prestes a ruir. O conselho que o I-Ching dá quando o consulente tirar esse hexagrama é a mudar o rumo que está tomando, pois, se continuar assim ele vai ruir.
   Outro método divinatório muito popular é o Tarô, especificamente os chamados Arcanos Maiores que são as 22 cartas com o estilo chamado "Tarô de Marselha". No meu livro eu expliquei os atributos e significados dessas 22 cartas e o modo de interpretá-las. Muitos ocultistas tem criado versões próprias de tarô, algumas muito criativas. Eu também criei meu próprio tarô com 18 cartas, elas estão no livro com os significados para o praticante usar se quiser. 
   Resumindo, "Crie Seu Próprio Método Divinatório" oferece ao leitor explanação a respeito de métodos divinatórios variados, como são usados e a melhor maneira de tirar proveito deles para obter respostas mais bem apuradas, e, caso o consulente queira, combinar diferentes técnicas para criar o métodos divinatório com o qual ele se sinta melhor e que possa usar de maneira mais eficiente.
 

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