A RAINHA FEITICEIRA DO JAPÃO HIMIKO
Parece uma cena de filme: na época da Segunda Guerra Mundial um padre de origem galesa estava servindo como capelão no exército britânico na região de selva tropical da Birmânia (sudeste asiático). Ele acordou de madrugada com um pressentimento e orientou o comandante da sua unidade a lançar um morteiro em determinada direção. O comandante havia aprendido a confiar na "intuição" desse padre que estava quase sempre correta. Os soldados prepararam os morteiros e lançaram naquela direção. Ao amanhecer quando os britânicos chegaram naquele local descobriram que era um assentamento hospitalar dos soldados japoneses. Todos os japoneses morreram no ataque, exceto um que estava ferido mas vivo, ele foi tratado e levado para ser interrogado. No final da tarde o padre quis ir até esse prisioneiro japonês para ministrar a extrema unção caso viesse a morrer devido aos ferimentos. Quando o padre mostrou o crucifixo e começou as orações o prisioneiro japonês ficou agitado, o tradutor disse que o japonês estava praguejando contra a cruz do padre. O prisioneiro japonês finalmente arrancou as ataduras dos ferimentos gritando -HIMIKO! HIMIKO! E morreu enquanto sangrava.
Essa experiência deixou uma forte impressão no padre, porém não compreendeu do que se tratava naquele momento. Depois da guerra o padre foi designado como capelão residente no Japão, e lá ficou sabendo o que era Himiko:
"Não foi senão mais tarde que Hearthy descobriu o que significava Himiko. E ali, na selva, teve um princípio de compreensão de que o homem que acabara de morrer era dedicado a algum poder espiritual do qual provinha o seu ódio à cruz. (...)
Em 1947, durante uma conversa com um professor chamado Obata no Ryukoku, da escola budista, soube o que era Himiko. Himiko tinha sido, parecia, uma rainha feiticeira, em tempos muito remotos, e ainda existia uma seita moderna que a adorava como deusa-demônia. Acreditavam que ela vivia e reinava entre as montanhas cobertas de neve atrás de Kioto."
Esse relato extraordinário foi retirado do livro "Reféns do Diabo" de Malachi Martin publicado originalmente em 1976 no estrangeiro e meados da década de 80 no Brasil, capa da versão brasileira:
É um livro contendo os relatos sobre exorcismo do ex-padre jesuíta Malachi Martin cuja riqueza de detalhes o torna uma leitura imersiva. Afinal de contas quem é Himiko? A verdade é que mesmo entre fontes japonesas disponíveis pela internet afora é difícil de saber pois são poucas informações. Esse é o tema da edição de julho de 2024 da revista digital OCCULT POP, assine a revista para ter acesso a esse conteúdo completo entrando em contato comigo pelo e-mail: ricardodias7occultpop@gmail.com valor R$ 25,00 assinatura por 1 ano, todo mês uma nova edição enviada diretamente para o e-mail do assinante.
Das poucas fontes históricas disponíveis ficamos sabendo que Himiko foi uma mulher que governou uma região do Japão em tempos recuados. As fontes históricas são de relatos de embaixadores chineses da época que tiveram contato com ela e seu reino. Os relatos dizem que ela praticava "feitiçaria" e que "enfeitiçava" o povo. Era uma prática com algumas semelhanças com o xintoísmo como é praticado atualmente. Depois da morte de Himiko desenvolveu-se um tipo de "culto" em torno de sua personagem no Japão, culto esse com pouquíssimos relatos inclusive.
Por incrível que pareça foram feitas algumas obras da cultura pop com referências a rainha feiticeira Himiko como um jogo da Sony para Playstation e um filme da popular franquia Tomb Rider, além de outras referências em vários animes japoneses.
A figura misteriosa, obscura e exótica da rainha feiticeira Himiko capturou a imaginação de vários produtores tanto do Ocidente quanto do Japão. Na parte I da revista falei sobre as descrições históricas e provável significado de sua prática "mágica", na parte II da revista falei sobre as referências a Himiko em obras da cultura pop e possível interpretação de um arquétipo feminino negativo. Assine a revista entrando em contato pelo e-mail: ricardodias7occultpop@gmail.com
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