sexta-feira, 20 de outubro de 2017

INÍCIO

   Olá pessoal! 
   Fiz esse blog para divulgar minhas obras e pesquisas relacionadas a ocultismo e nesse primeiro post vou falar sobre meu primeiro livro lançado pela Editora Anunaki chamado "Análise Sobre Mitos e o Oculto". É sem dúvida um momento muito especial pra mim, esse livro é o resultado de muita pesquisa, dedicação e persistência, além disso é uma honra pra mim que ele seja publicado pela Editora Anunaki através da qual pesquisadores extraordinários que eu admiro muito publicaram! Recomendo a todos que deem uma olhada na lista de livros da editora no site: www.anunaki.com.br 

   Sobre o livro, aqueles que já deram uma olhada na divulgação que fiz em outras redes tem uma ideia do que se trata, é o resultado das minhas pesquisas sobre temas ocultos e o sobrenatural de um modo geral. Nele foi reunido seis livros que tratam de assuntos distintos relacionados ao oculto, por isso vou falar um pouco aqui nesse blog de cada um desses seis livros que compõe a obra, a começar nesse post sobre o primeiro livro chamado "Explicação Sobre a Tradição Mágica Ocidental".
   "Magia" é uma palavra que desperta ideias bastante estereotipadas e distorcidas na mente das pessoas principalmente relacionadas a obras de ficção. Por isso eu prefiro na maioria das vezes usar a palavra "ocultismo" que é um termo mais técnico. Como pesquisador e praticante posso falar com embasamento sobre esse assunto e sempre que possível vou tentar falar de maneira mais simplificada possível para aqueles que são leigos no tema, pois, certamente aqueles que já possuem uma formação e conhecimentos do assunto podem assimilar com mais facilidade certos conceitos apresentados.
   Em primeiro lugar, não existe uma "magia universal" praticada em todos lugares, o que existe são "sistemas mágicos" ou se preferirem "sistemas ocultos" como se denominam o conjunto das técnicas e práticas de ocultismo. Cada povo entre os mais antigos povos da terra possuem seus "sistemas ocultos" com características próprias, e, diferente do que se pode imaginar, o objetivo dessas práticas não é realizar "truques de mágica" esse tipo de coisa é mais precisamente definido pelo termo "prestigiação". O verdadeiro objetivo dos "sistemas ocultos" é proporcionar aos adeptos praticantes meios de melhorar a própria vida, meios para se alcançar a plena realização pessoal e espiritual. Um caso de um prestigiador registrado na história foi o do chamado "Simão, o mago" cuja história é narrada na Bíblia livro Atos dos Apóstolos cap. 8 versículos 9 a 24. Esse Simão realizava vários truques em público na cidade de Samaria. Quando o apóstolo Felipe chegou na cidade anunciando o Evangelho, batizando as pessoas e realizando curas milagrosas Simão ficou espantado especialmente com essas curas e milagres, pois, pra ele esse tipo de coisa só podia ser um tipo de magia, e ele se submeteu ao batismo também. Quando os apóstolos Pedro e João chegaram na cidade e impuseram as mãos sobre os já batizados para que recebam o Espírito Santo (sacramento denominado como "crisma" ou "confirmação" no catolicismo atualmente) Simão ofereceu dinheiro aos apóstolos para que eles desse a ele esse "poder" de dar o Espírito Santo impondo as mãos nas pessoas e por isso ele foi duramente repreendido por Pedro. Madame Blavatsky (1831-1891) proeminente ocultista e fundadora da Sociedade Teosófica diz que Simão, o mago era um "filho de seu tempo" pois fazia uso de técnicas conhecidas pelos iniciados nos mistérios dos templos politeístas antigos. Já os "milagres" esse é um conceito que nós conhecemos principalmente por causa da Bíblia e de acordo com esse conceito, milagre é um ato extraordinário realizado pela pessoa com a permissão de Deus e justamente para legitimar a mensagem as obras de quem realizou. Na Bíblia quem realizou grandes milagres foram os profetas, e os cabalistas judeus (adeptos da cabala o "sistema oculto" típico dos judeus) afirmam que os profetas usaram muitas das técnicas da cabala para realizarem tais feitos. No Talmud (um livro de tradições judaicas) e em outros textos judaicos, é dito que os judeus chamavam Jesus de "mágico" na época, isso porque esses judeus que viram tais feitos de Jesus eram cabalistas praticantes e achavam que Jesus realizava seus milagres usando alguma técnica da cabala como por exemplo usando o chamado "schemanphoras" ou "grande nome de Deus". É crença entre os cabalistas que o verdadeiro nome de Deus não é o "Tetragramaton" composto de quatro letras hebraicas "yod", "he", "vav", "he" que vulgarmente se chama de "Javé", "Jeová" ou "Iawel". Um nome é apenas uma definição, uma restrição e como Deus não pode ser definido ou restringindo, os muitos nomes dele, ou melhor, "títulos" são apenas facetas de seu poder e de suas características. A tradição muçulmana por exemplo possui os chamados "99 nomes de Deus" que são como eu expliquei "títulos" e não nomes de Deus. Imagem dos "99 nomes de Deus" da tradição muçulmana com o nome principal "Allah" no centro:
   Os cabalistas judeus acreditam que a pronúncia correta do verdadeiro nome de Deus é conhecida de poucas pessoas e que através de sua pronúncia correta é possível realizar grandes façanhas semelhantes aos "milagres" relatados na Bíblia. 
   "Encantamentos", "prestigiação" e aquilo que costumamos chamar aqui no Brasil de "mandigas" vem sendo praticados pelos povos a milhares de anos e geralmente são proibidos pelas religiões oficiais organizadas (embora continuem a serem praticadas até hoje). Veja esse trecho da Bíblia livro Deuteronômio cap. 18 versículos 10 a 11:

   "Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao fetichismo, á magia ou à invocação dos mortos,"

   Tais práticas são normalmente chamadas de "baixa magia" e como eu já disse, são duramente proibidas pelas religiões oficiais. No islamismo tais práticas são chamadas de "ruqya" que é o equivalente a "encantamento". Existem dois registros de "ruqya" realizados contra Maomé e por pouco tais encantamentos não o levaram à morte, ele teve a sorte de ter descoberto e desfeito a tempo. Embora essas práticas sejam proibidas (e secretamente ainda sejam praticadas) existem sistemas ocultos que são aceitos pelas religiões oficiais e praticados livremente, sistemas praticados como um tipo de "magia erudita" cujo conhecimento é restrito ou pelo menos resguardado para não cair no conhecimento das massas, sistemas como a cabala o sistema oculto típico dos judeus, até o islamismo possui seu sistema oculto aceito o chamado "sufismo". Aqui uma das muitas variações do diagrama chamado "árvore da vida" típico da cabala judaica:
   Todos os povos antigos tem seus próprios sistemas ocultos, muitos desses sequer foram estudados devidamente pelos pesquisadores. O sistema dos indianos inclui técnicas como a yoga, medicina ayurveda e outras, o sistema dos chineses inclui técnicas como o feng shui, acupuntura e outras. Falei sobre algumas dessas técnicas chinesas em meu outro livro chamado "O Sobrenatural na Antiguidade" disponível para venda no site www.clubedeautores.com.br aqui uma imagem do chamado "baguá" que inclui o yin yang e os trigramas em volta típico do "taoísmo" filosofia e misticismo chinês:
   É curioso como a mentalidade ocidental é infantil em relação a tais assuntos, por exemplo: é comum ocidentais estudarem alguma técnica oriental como yoga ou acupuntura e propagarem tais técnicas aqui no ocidente como uma espécie de "cura milagrosa para todos problemas" a pessoa é tratada como uma espécie de "guru" ou "guia espiritual". Essa atitude é extremamente infantil. O grande místico Gurdjieff (1866-1949) disse certa vez algo mais ou menos assim "-A civilização ocidental é um fracasso do ponto de vista material e do ponto de vista espiritual. Do ponto de vista material porque todo seu materialismo e ciência de que tanto se orgulha não é capaz de lhe proporcionar satisfação pessoal e resolução de todos seus problemas. E um fracasso do ponto de vista espiritual porque nem sua religião nem suas práticas ocultas são capazes de lhe proporcionar satisfação espiritual e auto-realização". é uma pena que essa observação de Gurdjieff tenha definido tão bem os complexos de nossa civilização ocidental. 
   Após ter feito essa observação sobre a atitude dos ocidentais em relação a magia/ocultismo, posso falar um pouquinho sobre a primeira parte do meu livro denominada "Explicação Sobre a Tradição Mágica Ocidental". Eu tive como objetivo nessa parte falar sobre algumas técnicas e características próprias do nosso "sistema mágico" ocidental e também falei de forma resumida sobre a vida e feitos de alguns ocultistas que mais se destacaram em nossa tradição ocidental. 
   Concluindo, nos próximos posts falarei sobre os outros livros que compõe minha obra, espero que tenham gostado e até a próxima! 

   

   

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